Antes de os portugueses iniciarem o processo de colonização do Ceará, as terras eram habitadas por índios de três povos: os Tupis, que se subdividiam em Tabajaras e Potiguares; e os Cariris, que se subdividiam em Inhamuns, Cariús e Crateús; e os Tremembés, que resistem até hoje.
No entanto, muitos historiadores asseguram que, antes mesmo de os portugueses chegarem ao Brasil, os espanhóis, em expedições lideradas por Vicente Pinzón e Diego Lepe, atracaram no litoral cearense, o primeiro deles no pontal do Mucuripe, em Fortaleza, e o segundo na praia de Ponta Grossa, localizada no município litorâneo de Icapuí.
A ocupação portuguesa tem início no ano de 1603, sob o comando de Pero Coelho de Souza que, ao chegar, construiu o Forte de São Tiago, às margens do Rio Pirangi, depois rebatizado de Siará, que deu nome ao estado. Mas uma seca severa em 1607 fez Pero Coelho abandonar a capitania.
Apenas em 1612, com a chegada de Martins Soares Moreno, considerado o fundador do Siará, depois Ceará, é que acontece a anexação oficial do estado, a construção do Forte de São Sebastião, obre as ruínas do primeiro Forte e o início da colonização portuguesa no Ceará.
Os holandeses invadiram o Ceará e construíram o forte de Schoonenborch, às margens do Rio Pajeú. Após a expulsão dos holandeses, o Forte passou a se chamar Nossa Senhora da Assunção e foi ele quem deu início à cidade de Fortaleza e à colonização do Ceará.
Somente apenas a desvinculação do Ceará de Pernambuco, em 1799, é que o Ceará pode se desenvolver de forma mais independente. No entanto, apenas a partir do início do século XX é que o Ceará inicia um movimento para tornar-se um estado mais urbano, industrializado e, como consequência disso, com grandes desigualdades na distribuição de renda.
Embora atualmente esteja classificado entre os mais pobres estados do Brasil, o Ceará conseguiu se desenvolver acima do nível nacional em diversas áreas, tais como educação, saúde e gestão fiscal.