O senador Cid Gomes lembrou, neste domingo (19/09), o centenário de nascimento do educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira. “Não é para qualquer um ter reconhecimento mundial por defender a educação. É o brasileiro que conquistou mais títulos internacionais de Honoris Causa de universidades da Europa e das Américas”, lembrou Cid.
De acordo com o senador, com o livro “Pedagogia do Oprimido”, Paulo Freire revolucionou a alfabetização ao propor um método aparentemente simples, com foco na realidade das pessoas e não no tecnicismo acadêmico predominante. Além disso, completou Cid, é também um exemplo para o país. Paulo Freire esteve à frente, no início da década de 1960, no governo João Goulart, do Plano Nacional de Alfabetização, que previa a implantação de núcleos de alfabetização em massa. O projeto teve vida curta: a ditadura militar, implantada em 1964 e que durou 21 anos, interrompeu tudo. Paulo Freire foi preso e depois exilado. E foi no exterior, em 1969, que seu livro mais famoso foi reconhecido, embora nós, os brasileiros, só tenhamos tido acesso ao seu conteúdo em 1975.
Paulo Freire voltou ao Brasil apenas em 1980, com a anistia. Lá fora, havia trabalhado em vários países e organismos internacionais, tendo sempre a educação como tema central. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores no retorno ao Brasil e foi secretário de educação da prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina. Morreu em 2 de maio de 1997.
Hoje, o Patrono da Educação volta a ser perseguido pelos adeptos das trevas. O atual governo tenta desmoralizar o método Paulo Freire, demonstrando, mais uma vez, ser incompatível com a inteligência, a ciência e a educação. “Mas nós estamos aqui para lembrar o seu legado e louvar o grande educador: viva Paulo Freire!”, finalizou Cid Gomes.