Cid Gomes rebate Paulo Guedes e pede respeito aos senadores

Cid Gomes rebate Paulo Guedes e pede respeito aos senadores

O senador Cid Gomes (PDT-CE) reagiu indignado à declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que acusou o Senado de “cometer um crime contra o País” e de “pegar dinheiro da saúde e permitir que se transforme em aumento de salário do funcionalismo”. O ministro fez as declarações após o Senado Federal decidir, na sessão remota de quarta-feira (19/08), derrubar o veto do Presidente da República em relação ao projeto que proibia reajuste salarial para servidores até 2021.
Cid classificou o ministro de “moleque” e pediu respeito ao Senado e aos senadores. Cid desafiou o ministro a provar que os senadores, em alguma votação, tenham desviado dinheiro da saúde para o funcionalismo. E rebateu: “criminoso é o (des) governo a quem o senhor serve”, lembrando a morte de mais de 111 mil brasileiros pela pandemia do novo coronavírus, “boa parte pela inconsequência da gestão federal na Saúde”.

Moleque
O senador criticou ainda a política econômica e fiscal do Governo, que vai gerar um rombo nas contas públicas e, ao invés de priorizar o setor produtivo, privilegia os bancos. “Malandro é quem posa de liberal e será o (ir) responsável pelo maior rombo nas contas públicas da história do país”, disse.
Cid Gomes pediu respeito ao ministro Paulo Guedes e afirmou, ainda, em mais uma crítica contundente, que “moleque é quem partilha com sua corja do ‘mercado’ os ganhos, num atentado contra o setor produtivo nacional, a criminosa manipulação da política cambial”.

Reajuste de servidores
Bolsonaro vetou parte do projeto para proibir que servidores públicos tenham qualquer reajuste salarial até o final de 2021. Muitos desses profissionais estão na linha de frente no combate ao coronavirus, como enfermeiros, agentes de saúde e médicos, ou sofreram bastante com a pandemia, como professores e garis. Razão pela qual a maioria dos senadores entendeu que o veto deveria ser derrubado. A matéria está sendo apreciada agora pela Câmara dos Deputados.