Ciência e tecnologia para o agronegócio brasileiro

Ciência e tecnologia para o agronegócio brasileiro

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 96,79 bilhões em 2019. Nesse ano, a Holanda exportou 100 bilhões de dólares. O Brasil possui uma área 156 vezes maior do que a Holanda. Entretanto, a Holanda é muito mais eficiente porque eles fazem mais com menos. E isso porque investem em pesquisa e educação. Eles contam com a Universidade de Wageningen (Wageningen University & Research), considerada a melhor do mundo.

O cultivo eficiente depende de tecnologia, e nisso, infelizmente, o governo brasileiro investe cada dia menos.  Não bastasse o investimento pífio em educação e tecnologia, os poucos cientistas que temos formado, ao saírem da Universidade não encontram campo de trabalho. E por quê? Porque o governo não investe em pesquisa, fazendo com que os cientistas brasileiros procurem trabalho no exterior.

É comum vermos cientistas brasileiros espalhados pelo mundo afora receberem prêmios ou serem nomeados para constituir grupos de pesquisa no exterior, como o recente caso da brasileira especialista em biodefesa, Luciana Borio, que integrará a força-tarefa contra o coronavírus anunciada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

Apenas para citar um exemplo, as máquinas utilizadas no agronegócio brasileiro são, em sua maioria, importadas, assim como tantos insumos que poderiam ser produzidos no Brasil. Isso encarece o custo e o preço oferecido ao consumidor e limita o desenvolvimento do país, igualando sua produção ao de um país 156 vezes menor.