O senador Cid Gomes participou, nesta terça-feira (05/10), da inauguração da primeira fábrica de leite em pó do Ceará, no município de Morada Nova. O empreendimento é mais um do grupo Betânia Lácteos, que atua há 50 anos no mercado cearense. Serão 900 empregos diretos gerados apenas na nova unidade, que tem capacidade de processar 200 mil litros de leite por dia para a produção de leite em pó e de leite condensado.
Cid Gomes comemorou o fato de a nova fábrica gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento regional e destacou que a fábrica é a realização de um sonho antigo. “Nós sempre sonhamos com a vinda de uma indústria de leite em pó para o Ceará porque isso vai permitir aos produtores sofrer menos com a sazonalidade, vai permitir que a produção no período de chuva possa assegurar a manutenção do preço do produtor”, explicou.
Além disso, o senador ressaltou as diversas experiências inovadoras nas atividades econômicas cearenses. “Tenho procurado visitar essas inovações pelas quais têm passado a atividade econômica, principalmente aquelas voltadas ao setor primário. Fico extremamente feliz quando vejo experiências como a de Limoeiro e Tabuleiro do Norte com a volta do algodão, em bases modernas, mecanizadas, que certamente será responsável pela melhoria da produção”, afirmou Cid.
O senador citou ainda a experiência da área de reflorestamento de eucalipto para a indústria moveleira, no município de Marco, “algo que tem extraordinário potencial para as regiões litorâneas”.
Importância do setor primário
Cid defendeu ainda o fortalecimento cada vez maior das políticas públicas voltadas ao setor primário. “De cada quatro cearenses, um tira o seu sustento do setor primário. E quando a gente olha a outra coluna, a da geração das riquezas, vemos que o setor primário, no Ceará, é responsável por apenas 7% do PIB. Isso já estampa o fato de que temos nesse público o principal objetivo de qualquer ação pública que pretenda diminuir as desigualdades”, disse.
Exportação
O presidente da Betânia Lácteos, Bruno Girão, explicou que a fábrica não é grande, mas possui um tamanho adequado para obter licenciamento para a exportação de produtos com maior valor agregado. Bruno destacou ainda que todos os insumos para a produção na Betânia, equivalente a cerca de R$ 30 milhões mensais, vem da parceria entre a empresa e mais de 3.500 famílias de produtores familiares dos nove estados nordestinos.