O senador Cid Gomes (PDT-CE) participou, nesta sexta-feira (24/03/2023), de reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) para trocar informações sobre hidrogênio verde. A FIEC vem elaborando diversos estudos sobre os impactos positivos na economia do Ceará e do Brasil com a utilização do hidrogênio verde como fonte de energia limpa.

Cid Gomes foi escolhido para presidir, no Senado Federal, a Comissão Especial que vai debater políticas públicas sobre hidrogênio verde e fomentar o ganho em escala dessa tecnologia. O hidrogênio verde é aquele produzido pela eletrólise da água, usando energias renováveis e limpas como a eólica e a solar, sem emissão de moléculas de carbono.

O senador lembrou que o Brasil é um dos países com maior composição de fontes renováveis em sua matriz energética, cerca de 41%, sobretudo a partir de fontes hidráulica, biomassa, eólica e solar e isso faz com que o país tenha um potencial enorme na produção de hidrogênio verde, em especial no Nordeste. “No Nordeste as matrizes eólica e solar são superpostas, isso é uma alternativa extraordinária porque o Nordeste é a região mais pobre do Brasil, que precisa ter um olhar diferenciado e a gente pode juntar várias coisas boas: matriz de energia não poluente, possibilidade de exportar, de atrair investidores e gerar riquezas”, afirmou.

Cid destacou ainda a participação do Ceará no cenário nacional e defendeu a elaboração urgente de um marco regulatório para o setor. “O Brasil se quer aprofundar um planejamento sobre hidrogênio verde precisa vir ao Ceará colher a experiência acumulada ao longo desses anos. A FIEC tem estudado e se dedicado e poderá contribuir para um planejamento e para um marco regulatório dessa questão no Brasil, que precisamos fazer de forma urgente”, defendeu.

O presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, afirmou que o hidrogênio verde representa uma grande oportunidade para o Brasil e, especialmente, para a região Nordeste. “Precisamos andar de braços dados, iniciativa privada e governos, porque temos a chance de transformar o Nordeste e dobrar o PIB da nossa região, apontou Cavalcante.

A reunião contou ainda com a participação do secretário-executivo do Desenvolvimento Econômico e coordenador de energia da FIEC, Joaquim Rolim; e dos consultores de energia da FIEC, Monica Panik e Jurandir Picanço, que apresentaram um amplo panorama, com números e estudos, de como está a evolução dos negócios com hidrogênio verde no mundo.

Mônica Panik destacou que o Brasil só apareceu no mapa mundial do hidrogênio verde em 2022, por conta do HUB de hidrogênio verde anunciado pelo Governo do Estado do Ceará na região do Porto do Pecém.