Descentralização e financiamento são saídas
Em um País com tantas desigualdades, sentidas com mais força ainda no Nordeste, impossível não notar os graves problemas dos serviços de saúde oferecida à população. Não à toa, Cid Gomes deu especial atenção ao setor durante seus dois mandatos como governador do Ceará, com a construção de hospitais e unidades de atendimento, mas, sobretudo, canalizando os investimentos de forma a descentralizar o atendimento para regiões do Estado, que não apenas a capital Fortaleza.
No balanço feito por ele próprio, ao passar o bastão ao seu sucessor, ele reafirmou que a Saúde foi tratada como uma de suas grandes prioridades, tanto que podia assegurar que ali estava sendo concluída a mais completa rede de assistência à saúde do País.
E listou: foram 22 policlínicas para ampliar o acesso aos especialistas e a exames complexos, 19 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) com serviços em saúde bucal, 4 hospitais regionais e 22 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas), sendo seis na capital e dezesseis no interior e, ainda, a universalização do Serviço Móvel de Urgência (SAMU).
Esta rede, segundo ele, possibilita a oferta de serviços de saúde de melhor qualidade na rede pública, e deu como exemplo o recorde de transplantes de órgãos realizados no Ceará – 1.361 procedimentos dessa natureza foram realizados em 2013, contra 446 em 2006.
Apoio às redes municipais
Deve ser destacado ainda, no campo da saúde, o apoio dado aos municípios, já que o Tesouro estadual financiou a construção de 150 Unidades Básicas de Saúde em 150 municípios.
O fio condutor deste trabalho foi buscar beneficiar os que mais precisavam e mais perto de onde estão. Cid dizia que 90% dos problemas de saúde podiam ser resolvidos sem necessidade de hospital grande para explicar a opção pelos níveis básicos de atenção à saúde e o funcionamento dos equipamentos e serviços correspondentes. Ao mesmo tempo, fazia questão de destacar que “Saúde é complicado de fazer – além do investimento, tem que ter cuidado e envolver muito recurso pra fazer funcionar”.
Mas sempre teve a consciência de que o melhor estava sendo feito para dar ao Ceará o que nenhum outro estado da Federação tinha em termos de saúde pública.