Cid Gomes relata indicação de embaixador brasileiro na Síria

Cid Gomes relata indicação de embaixador brasileiro na Síria

Encarregado de relatar a indicação do nome para ocupar a embaixada do Brasil na Síria, o senador Cid Gomes (PDT-CE) sugeriu a aprovação do diplomata André Luiz Azevedo dos Santos, na reunião desta quinta-feira da Comissão de Relações Exteriores. É prerrogativa do Senado deliberar sobre escolha de chefes de missão diplomática e havia, na sessão de hoje, vários para serem apreciados. A indicação deverá ser apreciada pelo plenário do Senado na próxima semana.

Em seu relatório, Cid destacou a carreira de André Luiz Azevedo dos Santos, que desempenhou diferentes funções ao longo da carreira. Entre elas, destacam-se as de Ministro-Conselheiro na Embaixada em Abuja, entre 2006 e 2009; Cônsul-Geral adjunto no Consulado-Geral em Paris, de 2009 a 2011; Ministro-Conselheiro na Embaixada em Riade, de 2011 a 2013; Embaixador em Monróvia, de 2013 a 2018; e Embaixador em Kinshasa, de 2018 até agora.

Ele também abordou as relações entre o Brasil e a Síria, lembrando que os dois países mantêm laços históricos, culturais e familiares, que se fortalecem em razão da presença de significativa comunidade de origem síria no Brasil. Segundo ele, as estimativas variam, mas seria possível dizer que existem no Brasil cerca de quatro milhões de descendentes de sírios, que aqui chegaram entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX.

Cooperação

O senador também recordou que, em junho de 2010, o presidente Bashar al-Assad visitou o Brasil. Nesta ocasião foram assinados cinco acordos de cooperação bilateral, nas áreas de cooperação técnica, assistência jurídica em matéria penal, transferência de pessoas condenadas, saúde e agricultura.

Cid também fez referência à crise que a Síria vive há pelo menos dez anos e para a qual não se vislumbra ainda solução. A situação, diz, ainda é instável e volátil e o Brasil, além de manifestar preocupação com o quadro, apoia os esforços das Nações Unidas, entre outros, para o equacionamento sustentável do problema que, inclusive, afetou o comércio com o Brasil (o fluxo de trocas se reduziu, neste período, de quase 600 milhões de dólares para 60 milhões).

O diplomata André Luiz apresentou, em sua fala, um panorama sobre a conjuntura da Síria e seu plano de trabalho para os próximos anos. Ele ressaltou que o País vive em estado de guerra e hoje tem a maior parte de seu território ocupado por tropas estrangeiras e por grupos armados terroristas. Ele lembrou ainda que Brasil tem ligações históricas com o estado sírio, inclusive com uma grande quantidade de brasileiros vivendo no País.